domingo, 20 de março de 2011

Artigo 7 - Modelo Relacional


Modelo Relacional

O modelo relacional surgiu como uma tentativa de libertar os utilizadores das especificações rígidas associadas ao formato dos dados como acontecia com o modelo hierárquico e o modelo em rede.
O modelo relacional surgiu em 1970, tendo por base a seguinte publicação que se tornou um clássico de Codd.
Ao contrário dos modelos anteriores (hierárquico e em rede), o modelo relacional não evoluiu a partir das técnicas de processamento de ficheiros.
Uma das principais vantagens do modelo elaborado por Codd foi ter-se baseado num ramo da matemática que é, simultaneamente, simples e poderoso - a teoria dos conjuntos. O modelo desenhado por Codd foi durante alguns anos desenvolvido e implementado apenas em universidades e em laboratórios de pesquisas nesta área.
A estrutura de dados utilizada no modelo relacional é a relação. Esta pode se definida como uma tabela constituída por linhas e colunas, na qual as colunas ou campos representam os atributos e as linhas representam os registos ou as instâncias da relação.
Por definição, uma relação é uma estrutura bidimensional que obedece a um esquema determinado de zero ou mais instâncias. O esquema de uma relação e constituído por um ou mais atributos que traduzem o tipo de dados a armazenar. A cada instância de uma relação chama-se tuplo.

O modelo relacional é constituído por:

   1.Relação/ tabela
   2.Atributos/ colunas
   3.Tuplos/ linhas



Equivalência entre conceitos

 
Associado ao modelo relacional existem 2 conceitos fundamentais a saber:
  •          Grau de uma Relação – corresponde ao número de atributos que constituem o esquema de uma relação.

  •          Cardinalidade de uma relação – corresponde ao número de tuplos (linhas) de uma relação (tabela).

Exemplo

 
Chaves

No modelo relacional a única forma de relacionar dados que existem numa tabela, com dados que existem noutra tabela, é através de atributos comuns. Assim vão existir atributos especiais (chaves estrangeiras) que servem para fazer ligações a outras tabelas em que esses mesmos atributos identificam, univocamente cada uma das linhas (chaves primarias).

Tipos de chave:

        1. Superchave
        2. Chave candidata
        3. Chave primária
        4. Chave estrangeira

Restrições de integridade

As restrições de integridade são um dos objectos principais de um sistema gestor de base de dados. A integridade dos dados é um termo abrangente que inclui, simultaneamente, os conceitos de consistência, precisão e correcção dos dados armazenados numa base de dados. Existem 4 tipos de integridade:

1.      Integridade da entidade cada tabela deverá possuir na sua definição uma chave primária.

2.      Integridade do domínio o valor de um campo deve obedecer ao tipo de dados e às restrições de valores admitidos para essa coluna.

3.      Integridade referencial tem por objectivo manter os dados sincronizados, entre tabelas que estejam relacionadas.

4.      Integridade definida pelo utilizadoré obtida pela definição específica de regras particulares do negócio.


Álgebra e cálculo relacional

Codd propôs dois interfaces para o modelo relacional:

     1. Álgebra relacional se considerarmos que uma relação é um conjunto, então todas as operações que se podem realizar sobre conjuntos pode ser aplicadas à relação.

     2. Cálculo relacional – o utilizador pode definir o que se pretende através de uma forma declarativa, sendo o cálculo baseado em predicados de 1ª ordem.

Com a utilização deste modelo, aquilo que parecia tão complexo tornou-se mais simples, pois podia-se fazer alterações no esquema de base de dados sem afectar a capacidade do sistema em manipular os dados, pois neste modelo toda a informação e armazenada sob a forma de tabelas bidimensionais e as relações são estabelecidas através de colunas (campos) comuns em tabelas distintas.
Para garantir que o modelo relacional fosse definido de forma igual, Codd definiu um conjunto de 12/13 regras a que um SGBD deve obedecer para que possa ser considerado um modelo relacional.


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